“No creo en brujas, pero que las hay, las hay”, já diria a sabedoria popular. De fato, ainda que muita gente não admita ou jure de pés juntos desprezar superstições, elas andam por aí, escondidas bem fundo no inconsciente, só esperando uma oportunidade de colocar nossas convicções à prova.
É a velha história: de uma hora para outra, as coisas começam a desandar. Um negócio na bica de fechar de repente dá para trás. Uma distração e seu veículo acerta uma bela “beijada” no carro da frente. O patrão aparece com a macaca e resolve dispensar meia dúzia de colaboradores — inclusive você.
Nessas horas, não existe racionalismo que aguente. Aos poucos, aquela dúvida insidiosa começa a buzinar em seus ouvidos: “Será que me jogaram uma urucubaca?”. Pelo sim, pelo não, o melhor é pesquisar amuletos de proteção.
Ou você nem precisa esperar ser fulminada pelo mau-olhado para garantir sua proteção. Afinal de contas, alguns desses objetos caem muito bem no look do dia a dia. Outros, inclusive, se pode levar a uma ocasião especial sem constrangimento de seu figurino.
Por isso, se você necessita de uma barreira contra as más vibrações ou simplesmente gostaria de ter um amuleto para chamar de seu, aqui vão nove sugestões de escudos contra inveja e mau-olhado. Confira:
1. Árvore da Vida
A Árvore da Vida é talvez o símbolo mais incomum desta série. É um objeto que não goza de tanta popularidade nos dias atuais quanto os demais aqui apresentados, embora antiquíssimo. Apesar disso, vem reconquistando seu espaço entre os ícones usados como amuletos de sorte.
No correr dos tempos, ela assumiu muitas formas e foi incorporada a diversas manifestações e representações, como brasões de armas, bandeiras, gravuras, tapeçarias e, mais recentemente, tatuagens e acessórios de beleza.
Se fizermos um paralelo com as características de qualquer árvore, entenderemos como essa idealização mítica era compreendida numa acepção da jornada espiritual do indivíduo. Portanto, é fácil perceber que ela tem uma carga esotérica muito evidente — e perceber porque foi recuperada em nossos dias.
Mas, sim, ela também pode ser usada como amuleto da sorte.
2. Pimenta
Receita de sua avó: deixe um vasinho com pimenta à vista. Se aquela sua colega conhecida pelo “olhar carregado” aparecer para um papinho, ela se sentirá atraída pela cor vibrante da fruta (ah!, essa eu aposto que você não sabia!) e terá seu “superpoder” esvaziado por ela.
Ao menos, é o que nos garante a crença popular. É antiga a história de que a pimenta, pela sua cor e ardência, tem essa capacidade de filtrar vibrações negativas. Várias seitas e cultos têm-na como elemento ritualístico e ela se popularizou em diversos lares, passando depois a ser representada em joias e semijoias, objetos decorativos, tatuagens e patuás.
Só fique atenta para o caso de seu pé de pimenta murchar. É sinal de que ele já cumpriu seu papel e é necessário recarregar o nível de proteção (ou seja, substituir a plantinha).
3. Olho grego
Outro objeto repleto de história e simbolismo, o olho grego também é esteticamente muito atraente. Adorado pelas apreciadoras da cultura oriental, esse objeto tem a sua origem diretamente relacionada ao medo ancestral que temos do mau-olhado.
Hoje em dia, o olho místico ganhou significados extras, mas sempre associados ao conceito da purificação e da boa sorte. Como é graficamente estiloso, costuma incorporar o figurino de muita gente, seja na forma de uma joia, semijoia ou bijuteria, em estampas de camisa ou, talvez até mais comumente, tatuada na pele.
4. Mão de Fátima
Intrigante e visualmente impactante, a Mão de Fátima é mais uma queridinha dos fãs de tatuagem desta lista. Também popular sob o nome de Hamsá, tornou-se uma imagem corriqueira, fácil de identificar em lojas de artigos esotéricos, coleções de roupas alternativas, feiras de artesanato e mostruários de revendedoras de semijoias.
Sua principal função é barrar a inveja. Algumas culturas, entretanto, adotam-na como catalisador em suas rotinas de oração. Além disso, também se tornou ícone em manifestações de paz no Oriente Médio.
Seja como for, a Hamsá dá um excelente pingente, principalmente se você for adepta do pulseirismo.
5. Trevo da sorte
Esse é um clássico dos clássicos! Desde os tempos de Gastão, personagem da Disney notório pela sorte prodigiosa, sabemos que achar um trevo-de-quatro-folhas (coisa raríssima, diga-se) é garantia de sucesso e felicidade futura.
Como tudo acaba virando negócio, era comum encontrar quem vendesse a planta acomodada em uma embalagem plastificada para se ter o amuleto sempre na carteira.
Muito mais legais do que isso são as novas maneiras com que se pode dispor de um trevo da sorte: na forma de chaveiros e pingentes de semijoias. Novamente, trata-se de uma opção bacana para quem curte pulseirismo e, de quebra, precisa dar um bico no azar.
6. Cruz
Símbolos eminentemente religiosos, a cruz e o crucifixo são os amuletos oficiais dos cristãos. Embora essa fé seja contrária a amuletos da sorte, por considerarem de origem pagã, é normal muitas pessoas usarem um cordão com a cruz (ou o crucifixo) como objeto de proteção (inclusive do mau-olhado).
Vale mencionar que, embora fortemente associada ao cristianismo, a cruz está presente em outras seitas e já foi incorporada por culturas anteriores aos Evangelhos. É o caso da Ansata, cruz estilizada encontrada nos ritos funerários dos Egípcios.
Ambas são representadas em pingentes e outros objetos de uso cotidiano.
7. Sal grosso
Você certamente já ouviu alguma amiga reclamar da maré de azar e comentar que só um banho de sal grosso daria jeito na situação. Comum em rituais do candomblé e em receitas de simpatias, o cristal é considerado um importante purificador de ambientes, capaz de neutralizar as energias negativas.
Em virtude dessa crença, muita gente mantém recipientes com o produto espalhados pela casa. Outros, desejosos de uma proteção mais pessoal, fazem patuás para tê-lo junto de si. Se é o que você está procurando, existe uma alternativa estilosa: alguns pingentes de semijoias trazem pequenos invólucros carregados de sal.
8. Pomba da paz
Símbolo do Espírito Santo, a pomba da paz é um delicado adereço e um poderoso amuleto de proteção. A razão pela qual a ave (um pouco desprestigiada hoje em dia, após a descoberta de que é portadora de doenças) ficou associada à Terceira Pessoa da Trindade remonta aos tempos de Noé, quando o pássaro de penugem alva ajudou o patriarca a encontrar terra firme após o Dilúvio.
Havia outra representação no páreo: as línguas de fogo que anunciaram a presença do Espírito Divino no Pentecostes. Mas, convenhamos: um passarinho é mais graficamente agradável que labaredas. E muito mais identificável. Além disso, há o peso adicional como ícone de paz. Ponto extra para a pomba branca!
9. Ferradura
Ninguém jamais soube de um equino que, por usar ferraduras nas patas, tenha tido sorte ou escapado ao destino de servir de montaria, mas nem tudo faz sentido no universo das crendices populares. O que sabemos apenas é que a ferradura traz sorte.
Por isso, desde os tempos das diligências que se tem o hábito de pendurar uma peça dessas sobre a soleira da porta (se algum dia ela despencar de lá e acertar a cabeça de alguém, será uma baita falta de sorte!).
Menos “roots” são os amuletos de hoje em dia: pingentes para semijoias e chaveiros. Os cavalos agradecem.
Talvez o que traga sorte ou, por outra, espante o mau-olhado seja a subjetividade humana, que atribui ao mero acaso um valor sobrenatural. Ou seja: não são os ícones de sorte que funcionam de verdade. É nossa fé que faz parecer que funcionam.
Pode ser, no entanto, que tudo isso não passe de especulação filosófica. O mais prudente é escolher algum desses amuletos de sorte e ficar descansada, pois nenhum olho grande atrapalhará seus planos.
Para arrematar este post cheio de boas vibrações, nada como dar uma conferida na seção de semijoias místicas da Linda Bela. É escolher a peça que mais combina com você e desfilar por aí protegida e na moda!