“Produtos a preço de fábrica!”. Esse recurso é tão usado pelo comércio quando se quer alardear promoções que até virou sinônimo de preço baixo. Afinal, é como se o vendedor comprasse a mercadoria do fornecedor e não acrescentasse nenhum tostão a mais na etiqueta. Belo negócio, não?
Mais ou menos. Depende de muitas variáveis e isso é bem verdade quando pensamos em fábrica de semijoias.
É muito comum a consultadora independente, sempre em busca de formas para fazer o negócio decolar, sentir-se atraída por esse tipo de chamariz, considerando que, pela lógica do mercado, a relação só pode significar menor custo na aquisição de produtos. Logo, maior lucratividade.
Porém, existem percalços no caminho. Sendo assim, no post de hoje, vamos analisar essa máxima do ponto de vista da revenda e tentar estabelecer quando, de fato, recorrer a uma fábrica de semijoias representa vantagem e quando, por outro lado, significa um tiro n’água.
Por isso, se você está nesse dilema de encontrar a melhor fonte para abastecer a sua revenda, não deixe de explorar, conosco, os meandros da aquisição de produtos no atacado e saber quando comprar direto da fábrica vale mesmo a pena. Vamos conferir?
Vale encarar o preço de fábrica?
Ainda falando em máxima, esta também é consagrada: “O barato sai caro”. E, se está na boca do povo desde sempre, é porque demonstrou-se certeira ao longo dos anos. Mesmo assim, vamos aos fatos.
A experiência indica que comprar direto da fábrica significa obter preços mais competitivos. E a razão é simples: você está removendo do tabuleiro o famoso “atravessador”, que é uma forma não muito glamourosa de se referir ao intermediário entre a fábrica e, no nosso caso, a revendedora — sendo o primeiro o atacadista e, a segunda, a varejista.
Considerando que existe ainda, lá na ponta, a cliente final, esse único movimento tem efeito, se não no preço que a cliente vai pagar, certamente na margem de lucro da revendedora. Tudo muito bom, tudo muito bonito.
Porém, tomar esse atalho não significa encontrar o caminho plenamente desobstruído. Existem pedágios a serem pagos. Vamos a eles:
Quantidade mínima de peças
Bem, fábrica não lida com varejo. Não é o mesmo que chegar em um balcão de loja e pedir um único item. As coisas simplesmente não são assim. Existem custos de produção envolvidos.
Além disso, é preciso garantir a manutenção do nosso caro atravessador, correto?
Sendo assim, o mais provável é que você se veja obrigada a adquirir lotes de produtos. Digamos, uma quantidade mínima de cada modelo. Vamos supor, dez unidades de um tipo de brinco, dez de outro….
Se você está começando e não tem capital de giro, esse requisito certamente dificultará a sua operação. Sem contar que, mesmo que você possua grana para investir, a aquisição em lote poderá se reverter em prejuízo, caso o artigo em questão não tenha boa saída e acabe encalhando. Um item que era somente modismo e não pegou, por exemplo.
Fabricação segmentada
Outra característica da indústria de semijoias é que a fabricação costuma ser segmentada. Ou seja, cada unidade fabril se especializa em um tipo de artigo: tem as que só fabricam anéis, as que se especializam em brincos de argola, as fábricas de correntes, as fabricantes de semijoias com zircônia e por aí vai.
Não é preciso ser nenhuma expert em logística para desconfiar que essa diversificação de fontes atrapalha o processo. Veja bem, você tem que se preocupar com a procedência, avaliar a qualidade do produto, estabelecer uma parceria confiável e garantir fornecimento contínuo para manter sua revenda bem azeitada. Imagine multiplicar esse roteiro por cinco ou seis. A chance de resultar em dor de cabeça é grande.
Produção em etapas
Outra questão crucial na relação com a fábrica de semijoias é que a maioria não entrega o produto pronto. O mais comum é que você receba a peça em estado bruto, somente a liga metálica, o que te obriga a correr atrás do restante da cadeia produtiva.
Fracionar desse modo a sua operação não parece adequado. Pense que você precisará negociar também a galvanoplastia (sequer sabe o que é isso? Corre aqui para descobrir o que significa!) antes de poder colocar o produto à venda.
O processo de fabricação de uma semijoia comporta muitas etapas e envolve procedimentos bem especializados. É importante que você conheça cada uma delas, de maneira a ter pleno domínio do seu negócio. Isso é uma coisa. Ter que lidar com cada etapa é que talvez não seja o ideal.
Sem falar que isso pode impactar no seu preço de custo.
Afinal, devo comprar direto da fábrica?
Pode ser que você não tenha ficado impressionada com as variáveis expostas acima. Se for assim, a dúvida permanece: vale ou não a pena comprar direto da fábrica de semijoias? Nesse caso, é interessante avaliar a questão sob outro aspecto: o seu momento no negócio, o estágio em que se encontra em sua caminhada comercial.
Sob esse ponto de vista, podemos analisar a adesão a uma fábrica de semijoias segundo dois pontos de vista:
1. Chegando agora? Vá com calma
Se a sua jornada como revendedora está apenas no início e há muita coisa a ser dominada ainda, como estabelecer uma clientela fiel, definir um plano de negócio confiável e aprimorar a própria expertise como vendedora, talvez não seja muito producente abraçar mais esse encargo.
O mesmo vale se você não tem tempo a perder (está tocando a revenda nas horas vagas, como um complemento da renda, por exemplo).
Muito melhor aceitar a comodidade de um relacionamento com um atacadista de confiança do que sair explorando os mecanismos do mercado desde a sua origem. Existem fornecedores de semijoias que fazem parcerias com fabricantes e especialistas em galvanoplastia (o famoso banho de metal nobre) com o intuito de oferecer vantagens a quem compra no atacado. Isso representa uma oportuna terceirização de funções — e não significa que você pagará muito mais por isso.
Entre essas vantagens está a flexibilização do chamado pedido mínimo, a agilidade da compra via loja virtual e o despacho através de correio ou transportadora. A Linda Bela é um bom exemplo: o pedido mínimo é de R$ 300 (o que pode ser considerado um investimento inicial baixo) e a entrega cobre todo o Brasil. Sem falar que a renovação da coleção é constante e a procedência, garantida.
2. Já tem boa rodagem? Acelere!
Por outro lado, se você vive um momento mais consolidado do seu empreendimento (parabéns!), com um bom giro de mercadoria, uma carteira de clientes bem amarrada, experiência no ramo, faturamento sólido e disponibilidade para aprimorar o negócio (no caso de a revenda ser a sua principal — ou única — atividade comercial), vale meter o pé no acelerador e explorar novas possibilidades de relacionamento com a mercadoria e seus fornecedores.
Nesse caso, a melhor alternativa é ir até a fonte: buscar uma fábrica de semijoias (ou algumas, já que, como mencionamos lá em cima, não é comum encontrar um fabricante que abrace todo o tipo de acessórios) e adquirir as peças ainda em estado bruto e seguir o processo de finalização, podendo estabelecer boas parcerias e negociar os melhores preços.
Mas não existe fábrica de semijoia que faça tudo?
Se você não brinca em serviço já deve ter devassado a web em busca de informação sobre processos e fornecedores. Realmente, trata-se de um exercício importante para quem quer chegar longe. Ou seja, quanto mais conhecimento sobre o assunto, melhor.
E, numa dessas navegações virtuais, é possível que você tenha topado com empresas que dizem, sem titubear, serem fábricas. Elas não impõem pedido mínimo de peças, vendem acessórios de todos os modelos e entregam os produtos finalizados: tudo devidamente banhado, cravejado, uma maravilha!
É tão bom que chega a ser suspeito. Porém, por mais improvável que seja, é possível, realmente, que esse fornecedor mágico (que tem o próprio banho e fabrique de tudo) exista e não seja fria.
De qualquer forma, vale ficar atenta: verifique se o que está no anúncio é verdadeiro, se não há ocorrência, nos Reclame Aqui da vida, de depoimentos desabonadores, se o preço é “de fábrica” como alardeado e se a qualidade dos produtos passa pelo seu crivo de revendedora exigente. Importante também observar se o processo de fabricação leva níquel ou não. Se levar, melhor deixar para lá (saiba o porquê disso aqui).
Enfim, faça um teste: adquira uma quantidade mínima, veja se a encomenda chega em prazo razoável (ou mesmo se chega!), avalie o valor estético e a consistência do material. Se, depois de todos esses cuidados, o resultado for positivo, excelente: você encontrou um ótimo fornecedor de semijoias. Preserve-o como se disso dependesse a sua vida!
Exagero à parte e concluindo a conversa, é importante considerar a sua jornada como consultora independente antes de decidir sobre adquirir produtos no atacado de uma fábrica de semijoias ou buscar um intermediário capaz de entregar qualidade e preço, otimizando o seu tempo — que é precioso.
A experiência e os objetivos de médio prazo do seu negócio dirão qual o melhor caminho a seguir. De momento, saiba o seguinte: não abra mão da qualidade de seus produtos. Semijoias “meia-boca” tendem a encurtar a sua permanência no mercado, nunca se esqueça!
Esperamos que este pequeno guia te auxilie na tomada de decisão mais certeira. De nossa parte, estamos sempre empenhadas em indicar a você o rumo do sucesso. Por isso, não podemos deixar de convidá-la a se tornar uma revendedora da Linda Bela. Nosso objetivo é construir parceiras sólidas e vantajosas para todos os envolvidos. Por isso, confira as vantagens que temos a oferecer e dê esse passo decisivo na carreira. Esperamos por você!