Furar a orelha não é uma decisão muito dramática. Não é como fazer tatuagem, por exemplo. Ainda que todo mundo tenha uma, riscar a pele pede uma reflexão profunda: “Em qual local do corpo tatuar?”, “qual desenho escolher?”, “vai ficar legal?” e “não vou me arrepender?” são as perguntas que nos vêm à mente.
Ter um furo na orelha, por outro lado, é trivial. É quase parte da anatomia feminina — mais uns séculos de evolução e talvez saiamos com um par “de fábrica”.
A diferença é que, hoje em dia, as meninas curtem “peneirar” as orelhas. Furam-nas em quase toda a sua extensão. É uma moda alegre e moderna, que permite o uso esperto de brincos variados.
Entretanto, se a decisão em si não é tão difícil de tomar, saber como furar a orelha é, sim, importante. Por menor que seja, ela representa uma intervenção no corpo que, feita de improviso, pode trazer resultados desagradáveis.
Assim, antes que você saia catando o álcool de cozinha e os brincos, saiba onde e como furar a orelha com segurança. Acompanhe:
A anatomia da orelha conta
Por mais simples que seja furar a orelha, o assunto não está isento de controvérsia. A principal razão é que, para os adeptos da medicina tradicional chinesa, a região está repleta de pontos de acupuntura, os quais se comunicam diretamente com órgãos importantes do corpo.
Um furo inadequado, dizem esses especialistas, pode inutilizar o ponto vital ou — defendem os mais alarmistas — repercutir de modo negativo no órgão correspondente.
Não há consenso a respeito disso. De qualquer maneira, o local do furo tem a sua importância, principalmente no que diz respeito à segurança do procedimento.
O lóbulo, aquela parte carnuda da orelha, continua sendo o mais popular, visto que a quase totalidade das mulheres possuem furos ali (ou mais de um, pois a sua anatomia permite isso).
Como é uma parte mais mole e também porque a tradição resultou em ampla experiência, é fácil encontrar lugares e pessoas habilitadas a realizar furos no lóbulo (mais adiante vamos tratar melhor dessa questão).
Fazer furos em áreas cartilaginosas, onde comumente se fixam os piercings, já exige local e mão de obra especializados.
Em virtude disso, a perfuração nesses casos fica a cargo do body piercer. Ele é o profissional mais capacitado para a tarefa, pois tem know how e desempenha a função em local higienizado e com equipamento devidamente esterilizado.
Lugares onde realizar o furo
Até uns anos atrás, era comum os bebês saírem da maternidade com os lóbulos perfurados. Aos pais parecia uma solução lógica: o procedimento era realizado em local aparentemente seguro e num momento em que a pele da criança estaria fina o suficiente para que não sentisse dor.
Hoje em dia, muitos hospitais evitam fazer isso, em razão dos riscos de infecção. Além do mais, muitos pediatras recomendam que o furo seja feito por volta dos dois meses de idade, mesma época em que são aplicadas as primeiras vacinas.
Com essa mudança, passou-se às farmácias a responsabilidade de perfurar a orelha de crianças (e adultos). Em 2003, porém, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) proibiu-as de executar a tarefa. O motivo: as pistolas de perfuração usadas pelos farmacêuticos não podiam ser esterilizadas corretamente.
Em agosto de 2009, a agência revogou a suspensão, condicionando a decisão ao uso de pistolas descartáveis. Mesmo assim, não é permitido usar o equipamento em crianças de até seis meses, devido ao risco de contaminação.
Quando se trata de furar a orelha de um adulto, muita gente prefere descomplicar e se submeter a uma operação caseira, mas essa é uma prática que não deve ser encorajada (mesmo que haja tutoriais na internet mostrando como fazer). Corre-se o risco de arranjar uma bela dor de cabeça com isso.
Sendo assim, as opções que ficam são:
1. Chamar um especialista
Dá para pedir o auxílio de um profissional especializado (acupunturista ou enfermeira) que atenda em domicílio. É uma solução que se justifica caso a paciente seja uma bebê, mas deve-se levar em conta o custo da visita.
2. Farmácia
Como já foi explicado, algumas farmácias (não todas) estão habilitadas a realizar o serviço. Mas é preciso se certificar de que o equipamento usado (pistola) é descartável.
3. Estúdio de body piercing
Esse ainda é o melhor local para realizar o procedimento, pois possui a estrutura necessária (desde que não seja um fundo de quintal, lógico!), condições sanitárias e profissionais treinados.
Caso todas essas informações deixem-na com um pouco de receio sobre se vale a pena ou não fazer um novo furo na orelha, uma solução é usar por um tempo piercings falsos, que podem compor um look de ocasião de maneira bem realista.
A ideia é que esse recurso quebre um galho até que você esteja segura de sua decisão. Uma vez que ela seja tomada, não precisa ter medo, pois agora já sabe muito bem como furar a orelha de maneira adequada.
Só não esqueça de, uma vez realizada a perfuração, tomar os cuidados necessários para que cicatrize direitinho.
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