Semijoias com pedras naturais e cristais: saiba um pouco mais

Semijoias com pedras naturais e cristais: saiba um pouco mais

Mais do que simples adereço, um acessório de moda é parte da personalidade de quem o usa. É um índice de estilo e um motivo de bem-estar: é reconfortante se perceber bonita e nada contribui mais para isso do que uma produção que valorize o melhor de cada mulher.

É nesse contexto que destacamos as semijoias com pedras. Elas são parte essencial do universo da beleza feminina e têm um papel decisivo ao proporcionar alternativas à joalheira de ponta sem comprometer na qualidade.

Tais produtos possuem brilho, lapidação cuidadosa e se multiplicam em possibilidades — afinal, existem diferentes tipos de pedras e conceitos relacionados a elas. Ora são chamadas gemas, outras vezes de cristais; ora resultam da ação da natureza ou são fruto de processos industriais.

Tudo isso nós vamos tratar no post de hoje. Para além do que você pode ver (que são coloridas, chamativas, sofisticadas e credenciadas a comparecer nas ocasiões mais especiais), existem particularidades no mundo das semijoias com pedras naturais e cristais que vale a pena conhecer.

Sendo assim, vamos em frente.

Pedras naturais

As pedras naturais que enfeitam as joias e semijoias mais finas são fruto do lento trabalho da natureza, que sob condições específicas de pressão e temperatura produz no interior da Terra os minerais que tanto fascinam as pessoas.

De todos eles, o mais cobiçado é…

O poderoso diamante

Rara pedra preciosa derivada do carbono puro, o diamante é a substância natural mais dura que existe. Extremamente caro, como acessório de beleza ele é utilizado tão somente na confecção de joias. Atualmente, há uma alternativa artificial ao diamante amplamente aceita pelo mercado de semijoias: a zircônia.

Pedras preciosas ou semipreciosas?

Afora o diamante, temos o rubi, a safira e a esmeralda no rol das pedras mais valiosas. Existem outras mais, como a água-marinha, o jade e a turquesa, cada qual com sua cor característica. Estas últimas, porém, são consideradas pedras semipreciosas.

Não se trata de uma distinção precisa (alguns gemologistas entendem que é o correto seria chamar a todas de gemas). De qualquer modo, o solo brasileiro é rico em minerais, o que faz do país um importante fornecedor de pedras preciosas e — vá lá — semipreciosas.

Pedras brasileiras

O Brasil é referência na mineração de pedras como a água-marinha (o país possui as maiores jazidas) e uma variedade de pedras bastante utilizadas na fabricação de semijoias, como o quartzo, a ágata, a ametista, o ônix e o olho de tigre.

Esses minerais estão tão presentes em nosso solo que até ganharam o apelido de “pedras brasileiras”. Em razão da beleza e do exotismo de alguns deles, são vistos com frequência embelezando os looks mais finos e elegantes, sendo muito requisitados em ocasiões especiais, como festas de gala e eventos mais cerimoniosos.

Pérola: a pedra orgânica

A pérola, pedra orgânica extraída do interior das ostras e a mais antiga gema conhecida pela humanidade, compete em importância comercial com os mais valiosos minérios. É, como estes, resultado de um lento e raro processo natural.

Porém, empreendedores já desenvolveram uma forma de acelerar o trabalho da natureza, iniciando o rentável negócio do cultivo de pérolas.

A indústria também tratou de dar a sua contribuição e, da mesma forma que o diamante, há cópias sintéticas de pérolas atualmente à venda por aí.

Cristais

Assim como as pedras brasileiras, os cristais são amplamente utilizados em semijoias de todo gênero (anéis, colares, brincos e pulseiras).

Na natureza, eles correspondem a um tipo específico de mineral, caracterizado pela transparência e pela estrutura atômica organizada em padrões regulares, o que resulta num elemento com formas geométricas definidas e considerável grau de dureza.

Cristais artificiais

Um dos principais correspondentes sintéticos do cristal (e do qual as semijoias se beneficiam em larga escala) é a zircônia cúbica.

Há também os cristais espelhados Swarovski, criação do tcheco Daniel Swarovski (1862-1956), que desenvolveu uma máquina de corte automático em 1892 e sintetizou uma eficiente imitação do diamante. A marca que leva seu nome é uma das mais populares produtoras de cristais para o mundo fashion.

Os cristais artificiais são muito apreciados pelo toque sofisticado que oferecem aos looks mais elaborados, figurando em peças de design requintado e visualmente marcantes. Sua principal característica, além da delicadeza, é a variada paleta de cores, o que muitas vezes faz do cristal um substituto à altura do colorido das pedras naturais brasileiras.

Vidro ou cristal?

Nem mesmo os famosos cristais Swarovski, com toda a sua delicadeza e precisão, podem ser considerados, rigorosamente, cristais. A bem da verdade, são vidros com um alto grau de transparência, mas sem uma constituição cristalina de fato e, por isso, chamados sólidos não-cristalinos. Cristais de verdade são o diamante (olha ele aí novamente!), as esmeraldas, o açúcar e o silício usado em microchips.

Portanto, o que temos ornamentando nossas semijoias são materiais vítreos com elevado grau de brilho. Mas, se você continuar chamando-os de cristais, ninguém se importará com isso.

E a tal “gema”, o que significa?

No tópico sobre pedras naturais, falamos de passagem a respeito da preferência de alguns gemologistas pelo termo “gema” para designar indistintamente pedras preciosas e semipreciosas.

Mas, afinal, o que essa palavra significa? Bem, podemos conceituar gema como sendo qualquer pedra usada como ornamento em razão de sua beleza (especialmente no que se refere à cor), solidez (estabilidade) e raridade.

Também entram na condição de gemas as substâncias orgânicas como a pérola, o âmbar, o azeviche e o coral (estes resultam de processos de fossilização) e a melite (mineral orgânico raro).

Ampliando um pouco mais o conceito, as pedras sintéticas (como, novamente, a zircônia cúbica), artificiais ou produzidas a partir de fragmentos de pedras naturais, além das pérolas cultivadas e industrializadas, são igualmente consideradas gemas.

Ficou mais fácil de entender? Importante é saber que, tirando as pedras preciosas e as pérolas autênticas, todas as outras gemas estão presentes nas mais finas semijoias. E que semijoias com pedras valorizam o figurino, embelezam qualquer look e abrilhantam os mais diferentes estilos e situações. Use-as, portanto, sem moderação!

Para fechar, mais uma sugestão de post. Você percebeu que mencionamos a zircônia em diversos momentos deste texto, não é? Existe uma boa razão para isso. Quer saber qual? Que tal ler este post e conhecer mais sobre a pedra que imita o diamante?


Artigo publicado originalmente em março de 2016 e atualizado em maio de 2018 pela equipe da Linda Bela.