O que é níquel e qual sua relação com as semijoias antialérgicas?

O que é níquel e qual sua relação com as semijoias antialérgicas?

Hoje em dia é comum encontrarmos na internet a informação de que, para não causar alergia, a semijoia deve ser isenta de níquel em sua composição. Essa informação é verdadeira, mas será que as mulheres sabem explicar por que as semijoias sem níquel são consideradas antialérgicas?

Afinal, o que é níquel e qual sua função na elaboração de uma semijoia? E por que ele está relacionado com ocorrências de alergia em consumidoras desse produto?

Neste post, esclareceremos todas as suas dúvidas sobre esse “vilão” do mercado joalheiro. Vamos lá?

O que é níquel?

Extraído de certos tipos de minerais, o níquel é um metal prateado que não corrói nem oxida facilmente. Além disso, combina bem com outros metais, o que o torna uma importante matéria-prima para a indústria.

Considerado um metal de transição (está no grupo 10 da tabela periódica), é usado em mais de 300 mil produtos, segundo informações do Nickel Institute, uma associação que representa os interesses dos maiores produtores mundiais do metal.

No Brasil, a maior parte da produção é usada na fabricação de aço inoxidável. Mas ainda assim, podemos encontrar o níquel em uma infinidade de artigos: pilhas recarregáveis, moedas, aparelhos eletrônicos e — naturalmente — semijoias.

Qual a função do níquel em uma semijoia?

Normalmente, o níquel é utilizado como uma camada intermediária da semijoia, entre o metal base e o metal nobre, e serve para nivelar as imperfeições da superfície da peça. Este artigo mostra as diferentes camadas de metal que uma semijoia recebe.

O níquel é um metal bastante resistente, que melhora o acabamento e aumenta a durabilidade do produto, além de criar uma condição mais favorável para o banho final do metal nobre.

Por ser bastante eficiente e relativamente barato, acabou se popularizando no processo de fabricação das semijoias.

Apesar do níquel ser um elemento tóxico, potencialmente cancerígeno, ele está presente em diversos alimentos e na água que consumimos, sendo que, em quantidades moderadas, é até benéfico à saúde. O excesso, por outro lado, pode ser prejudicial.

De todo modo, muitas pessoas desenvolvem uma intolerância ao níquel, que se manifesta na forma de uma reação adversa conhecida como “dermatite de contato”.

O que é dermatite de contato?

A dermatite de contato é uma reação alérgica que ocorre quando a pessoa utiliza uma semijoia com níquel. Os sintomas mais comuns que aparecem na pele são: coceira, manchas vermelhas e, nos casos mais graves, sangramentos e infecções.

A reação alérgica provocada pelo níquel é a causa mais comum de dermatite de contato no mundo e afeta principalmente as mulheres.

De maneira geral, os médicos alertam que a maioria das alergias não tem tratamento e, a partir do momento em que o paciente descobre o problema, é preciso evitar o contato com a substância causadora.

Em razão disso, alguns governos de países desenvolvidos criaram leis para proteger as consumidoras dos efeitos negativos do níquel. A União Europeia, por exemplo, limita a quantidade desse metal que pode ser colocada em produtos que tenham contato prolongado com a pele.

No Brasil, entretanto, ainda não existe uma legislação que proteja a população desse tipo de problema. Aqui, o níquel é permitido e muitas empresas utilizam esse metal no processo de fabricação de semijoias e bijuterias.

O mesmo ocorre na China, de onde uma boa quantidade de semijoias comercializadas no nosso país é importada. As empresas mais conscientes, no entanto, investem em produtos com o selo “níquel free”.

O que são semijoias “níquel free”?

Semijoias “níquel free” são peças que não levam níquel em seu processo de fabricação. Com isso, elas são consideradas antialérgicas, pois o fabricante retirou da composição do produto o principal causador de irritações na pele.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que 20% da população mundial é alérgica ao níquel. A ausência desse material, portanto, é um bom indicativo de que a consumidora não terá uma reação desagradável ao usar a semijoia.

Por outro lado, algumas pessoas podem manifestar sensibilidade a outros componentes do produto, inclusive aos metais mais nobres, como o ouro ou a prata. É raro, mas acontece.

Com isso, podemos dizer que não há semijoia 100% antialérgica. Entretanto, fabricar semijoias sem níquel diminui consideravelmente a possibilidade de reações adversas — além de demonstrar o zelo do fabricante para com suas clientes, uma vez que há um aumento de custo de produção envolvido.

Como se produz uma semijoia sem níquel?

Para fabricar uma peça “níquel free”, as empresas precisam substituir o níquel da camada intermediária da semijoia por outro metal. Uma boa alternativa é o paládio, que também é bastante resistente e não causa alergia. Porém, por ser um metal nobre, o paládio acaba aumentando bastante o custo de fabricação do produto.

A Linda Bela, por exemplo, utiliza o paládio — no lugar no níquel — como camada intermediária em suas semijoias. Dessa forma, a empresa garante uma segurança maior para suas clientes.

Porém, nem todo mundo pensa assim, preferindo valorizar o custo menor que o níquel representa, em detrimento do prejuízo que isso possa resultar.

Sendo assim, as consumidoras devem procurar saber quais são as empresas que trabalham com produtos “níquel free” e optar sempre por semijoias sem níquel — mais seguras e igualmente duráveis.

Agora que você sabe o que é níquel e como ele pode prejudicar sua saúde, visite a loja virtual da Linda Bela e conheça nossas semijoias antialérgicas!


Artigo publicado originalmente em janeiro de 2016 e atualizado em dezembro de 2021 pela equipe da Linda Bela.