O que é zircônia? Conheça a pedra que imita o diamante

O que é zircônia? Conheça a pedra que imita o diamante

Os diamantes são eternos, já anunciavam as famosas marcas do ramo joalheiro. O problema é que diamantes a gente não encontra ali, na esquina. E nem de longe são baratos. Por sorte, nós temos a zircônia.

Quem compra semijoias pode até não saber, mas as tais zircônias estão presentes em muitas delas. Elas são, grosso modo, os diamantes dos folheados.

Então, qual a diferença entre a pedra preciosa e as gemas cravadas em nossos acessórios favoritos? Olhando, não dá para saber. Porém, não se preocupe com isso: vamos contar tudo sobre a funcional zircônia e sua relação com o majestoso diamante.

O que é zircônia?

Zircônia é um nome que designa dois elementos distintos:

O primeiro deles é um mineral natural que, quando encontrado, normalmente aparece na forma de cristais monoclínicos (sistema cristalino caracterizado por 3 eixos cristalográficos de comprimentos diferentes — eu sei, é complicado).

O outro é uma gema produzida em laboratório em sistema cúbico (3 eixos cristalográficos de comprimentos iguais e perpendiculares entre si) e, por isso, chamada zircônia cúbica. É ela que nos interessa.

Esse derivado sintético começou a ser processado como um substituto de baixo custo do diamante — este um composto de carbono puro que, sob condições extremas de calor e pressão, dá origem a um mineral extremamente resistente e de alto valor comercial.

Qual a diferença da zircônia para o diamante?

Mesmo que você olhe com muito cuidado, dificilmente vai conseguir discernir uma do outro. Fisicamente, a zircônia e o diamante são realmente muito parecidos. No entanto, há diferenças importantes:

Formato

A primeira delas é que o diamante, por ser uma criação da natureza, não é completamente uniforme. Ele possui defeitos de fabricação, digamos assim. Achar um diamante perfeito seria como acertar na loteria.

Já a zircônia, por ser industrializada, é praticamente livre de imperfeições.

Cor

Outra distinção marcante se refere à cor. Normalmente, diamantes possuem um tom amarelado ou amarronzado. Achar um incolor seria o mesmo que encontrar um sem defeitos — você teria uma fortuna nas mãos.

A zircônia pode ser fabricada incolor ou na cor de qualquer outra gema.

Dureza

A zircônia não tem a dureza do diamante, mas é muito resistente (fica a menos de dois pontos deste na escala Mohs, que mede a resistência dos minerais e tem o diamante liderando o ranking).

Brilho

Com relação ao brilho, ao olho nu, a pedra de zircônia é tão brilhante quanto os diamantes presentes nas joias das grandes joalherias do mundo.

Falando em brilho, é comum ouvirmos a palavra “brilhante” sendo usada como sinônimo de diamante. Mas isso é um equívoco, pois o brilhante é apenas o resultado de um tipo de lapidação, não uma característica da pedra em si.

Preço

Agora, vamos à diferença que qualquer um consegue enxergar: o diamante é muito mais caro que seu equivalente artificial. Um quilate da pedra preciosa custa em média 4.500 reais (pode valer muito mais, dependendo das características da gema), enquanto que o quilate da zircônia sai por uns R$ 60.

Em razão do preço, o diamante que abastece o mercado joalheiro é reservado apenas à fabricação de joias, ao passo que a zircônia é amplamente utilizada na produção de semijoias, oferecendo uma contrapartida de qualidade e de excelente custo-benefício, pois imita o diamante à perfeição e é muito durável.

Em quais semijoias a zircônia aparece?

Em qualquer criação da indústria de folheados a zircônia pode aparecer. O “diamante sintético” é usado na cravação de brincos, colares, anéis e pulseiras.

A produção de anéis se beneficia bastante do brilho e da beleza da zircônia cúbica. Os aparadores, especialmente os modelos solitário e meia aliança, e o anel chuveirinho (que também pode ser usado como aparador) são exemplos de semijoias que têm a zircônia como enfeite.

A gema sintética também mostra versatilidade ao figurar na confecção de maxi brincos de festa e modelos casuais um pouco mais estilosos. É o caso do brinco pizza, do ear cuff e dos discretos pontos de luz.

Vale ressaltar ainda uma característica da zircônia cúbica que é muito apreciada pelos fabricantes de semijoias: as cores. Do elegante branco ao sofisticado preto, passando pelos alegres verde e vermelho, a pedra se adapta a qualquer situação e combina com qualquer look.

Qual comprar? Semijoias com zircônia ou joias com diamante?

Não dá para negar que muita garota suspira por um “anel de brilhantes” (se vier acompanhado de um pedido de casamento, melhor ainda). Mas, deixando de lado situações específicas, a questão econômica prevalece quando o assunto é escolher entre uma joia e uma semijoia.

Uma joia com diamante representa um alto investimento. Ainda que a pessoa possa se dar ao luxo de adquirir um produto assim, forçosamente deverá reservá-lo para ocasiões muito especiais.

A zircônia, por ser mais barata, permite que você disponha de variedade. Dá para se esbaldar nas cores e nos modelos da moda — como os já citados brinco pizza e anel chuveirinho, que são confeccionados com diversas pedras e podem ser muito coloridos — sem abrir mão da economia.

Resumindo: se puder ter zircônia e diamante, você é uma sortuda. Se não der, não se sinta triste por isso. Semijoias não deixam o look cair e possuem durabilidade comprovada. Claro que é preciso atentar para a procedência do material, mas na Linda Bela não tem erro: as melhores semijoias estão aqui.

E, embora a zircônia seja tudo de bom, ela não é a única gema a brilhar numa semijoia. Tem muita pedra natural e também cristais fazendo bonito no acabamento de folheados. Quer conferir? Aqui tem um post bem bacana sobre o assunto. É só acessar e boa leitura!


Artigo publicado originalmente em março de 2016 e atualizado em março de 2018 pela equipe da Linda Bela.