“As coisas mudam” é uma frase banal que, na sua objetividade, encerra um mundo de significados. Poucas coisas realmente duram, e essa dança das cadeiras tem sido ainda mais alucinante nestes tempos de tecnologia digital, em que as distâncias foram engolidas por simples cliques de mouse ou batuques na tela de um dispositivo touchscreen.
Certas coisas, porém, permanecem. Alteram um pouco seu feitio, é verdade, mas mantêm a essência e a relevância, não importa quanta modernidade se sobreponha à sua existência. Quer um exemplo? A revenda de produtos.
Das antigas caravanas cruzando a Rota da Seda aos dias de hoje, quando uma notificação de WhatsApp nos informa que um pedido acabou de chegar, podemos dizer que tudo mudou — mas, como canta a velha música, “nada tanto assim”.
O que é certo e sabido é que a revenda continua sendo um importante motor da economia. A velha prática de comprar aqui e revender lá (ou vice-versa) responde por imensa fatia do PIB nacional — considerando que pouco do que é produzido (ou importado) pelo país chega ao consumidor em um processo de comercialização direto de fábrica. Há, quase sempre, um intermediário (o revendedor) no meio.
Por conta disso, e levando-se em conta as particularidades do setor produtivo, a necessidade de investimento em insumos e maquinário, as dificuldades em se estabelecer um parque fabril, que mais fácil é agir no meio do processo, executando o giro de mercadorias desde a fonte até o cliente na ponta. E é por isso que, ao ensaiar o salto que separa a vida de assalariada para a de empreendedora, dona de seu nariz, a esmagadora maioria de nós opta pelo leva e traz de mercadorias.
Não importa qual contexto que norteou essa decisão, podemos adiantar o seguinte: tudo começa com a escolha dos produtos para revenda. Muito antes de eleger o canal de vendas, a praça ou a clientela, saber em qual ramo de negócio deve-se começar é essencial para que o sonho de se tornar comerciante bem-sucedida siga em frente.
Existe uma variedade de artigos capazes de sustentar um bom negócio de revendas, e isso vai dos cosméticos aos suplementos alimentares, passando por itens de decoração a — lógico — acessórios femininos.
Esse universo de possibilidades, naturalmente, é bom para você. Quanto maior o leque de opções à mesa, maior a chance de encontrar um nicho que corresponda às suas expectativas e necessidades. Mas já estamos antecipando um tópico que será melhor aproveitado se explorado no momento certo.
Sendo assim, melhor apresentarmos a você este manual com tudo o que se deve saber sobre produtos para revenda e te convidar a explorarmos, juntas, todo esse conhecimento. Ao final da jornada, acreditamos que você estará mais do que apta a fazer as escolhas certas. Então, sem mais delongas….
1. Como escolher produtos para revenda
Manual bom é aquele que vai direto ao ponto, deixando as considerações acessórias para depois. Pois, como dissemos, tudo começa com a escolha dos produtos para revenda. Isso, claro, se levarmos em conta que a pergunta xeque-mate foi de antemão respondida: “Sim, quero me tornar uma revendedora!”.
Vamos, portanto, colocar as cartas na mesa e discutir as variáveis que definem qual segmento será mais adequado abraçar. Saiba, pois, que o produto que pretende revender precisa…
1.1 Ser a sua cara
Sabe aquela história de “se eu fosse você, comprava?”. Pois bem, não deve ser só força de expressão se o seu objetivo for construir uma revenda de sucesso. Afinal, será muito mais fácil convencer alguém a comprar o que você vende se você demonstrar genuíno entusiasmo pelo produto.
Se você tem especial carinho por determinado segmento, é quase natural se tornar expert no assunto, pois toda descoberta é feita com deleite. E o contrário também é verdadeiro: quanto menos apreço se tem por algo, mais difícil é conviver com isso — quem dera fazer do ramo fonte de renda.
Ou seja, não sacrifique seu precioso tempo tentando empurrar para terceiros coisas que não fazem o menor sentido para você, mesmo que haja uma tendência nisso aí. Prefira investir em algo que tenha a sua cara e te faça feliz compartilhar com as pessoas. Se isso resultar em renda extra, então….
1.2 Atender a um nicho
Como a experiência demonstra, tentar fazer um mundo de coisas ao mesmo tempo impede que façamos qualquer coisa direito. Seria o mesmo que dizer o seguinte: quem tenta vender de tudo, acaba não vendendo nada.
Portanto, delimite os seus esforços a ocupar um nicho apenas. Ou, ao menos, promova vendas casadas (vestuário com acessórios, por exemplo). Assumir representações de diferentes segmentos fará com que tenha que cobrir diferentes perfis de clientes, conduzir operações de vendas distintas, lidar com mais fornecedores etc. Se a sua revenda for tocada em horas vagas, torna inviável essa aspiração.
Por outro lado, a segmentação é uma tendência consolidada. Dos serviços de streaming, passando pelos negócios de marketing na web, não deixando de fora nem as estratégias de campanha política, tudo caminha para a personalização. O setor de revenda não foge à regra: quanto mais segmentado for o seu ramo de negócio, mais chances de encontrar um nicho só seu e prosperar dentro desse universo.
1.3 Ter um bom lucro
Quem está construindo uma revenda de sucesso não pode ter ilusões: é necessário empenho para conseguir se estabelecer no mercado. Há uma concorrência lá fora com “sangue nos olhos” e cada minuto que você puder dedicar a especializar a sua operação conta.
Porém, tanto esforço precisa estar balizado por uma estimativa de ganho realista. De nada adianta desenvolver uma campanha de vendas eficiente se a margem de lucro, ao final de tanto esforço, não sustentar o investimento. Ou seja, trabalhar a preço de custo não dá.
Assim sendo, antes de escolher seus produtos para revenda, avalie a questão sob o ponto de vista da margem de lucro que é possível praticar.
Faça pesquisas de mercado: converse com pessoas do ramo, observe as condições oferecidas pelos fornecedores e considere o perfil econômico da clientela que pretende atingir. A internet, como sempre, é um excelente ponto de partida. Então, não deixe de estudar exaustivamente o assunto.
1.4 Oferecer oportunidade a “outsiders”
Outra lição de casa essencial: estude a concorrência. Embora se diga que o sol nasce para todos, é importante avaliar se o mercado absorve mais “players”. Certos segmentos, mais concentrados na atuação das grandes marcas, são difíceis de penetrar. Mercados mais pulverizados, no entanto, oferecem melhores oportunidades.
Um dos mandamentos do marketing ensina que é necessário identificar uma necessidade do consumidor, uma carência que seja possível atender, e então investir nisso. Nem sempre é fácil descobrir esse filão, mas comece sua busca em um círculo restrito. Por exemplo, que tipo de produto suas amigas “matariam” para comprar?
2. Os 5+ do mercado nacional
Após esmiuçar as características gerais que definem a escolha de produtos para revenda, vamos às opções existentes. Como falamos no início, o mercado diversificou, mas alguns modelos de negócio continuam na ponta e no coração dos consumidores.
Vamos, portanto, analisar os cinco principais segmentos envolvidos na revenda de produtos. São eles:
2.1 Saúde, cosméticos e perfumaria
O setor de produtos para revenda ligados à saúde, aos cosméticos e perfumaria lidera principalmente o mercado de venda direta no Brasil, que é um dos modelos de negócio de mais fácil inserção para quem possui pouco dinheiro para investir (veremos mais sobre isso adiante).
Isso não apenas pelo número de marcas que se dedicam a construir um modelo de negócio baseado na intermediação de consultoras independentes, mas principalmente pelo tamanho dessas marcas. Algumas são verdadeiras gigantes do segmento, com atuação multinacional: casos de Avon, Natura e O Boticário, para citar os nomes de maior envergadura.
São empresas e produtos já consolidados, com forte presença no mercado e pesado investimento em conhecimento de marca, além de canais de relacionamento e de apoio de vendas bem estabelecidos. Por tudo isso, representam uma boa opção de entrada, especialmente se você estiver procurando uma revenda para tocar nas horas extras.
2.2 Moda e acessórios
Esse segmento vem na sequência em percentual de participação no mercado. Roupas e calçados, por exemplo, têm longa história no ramo e movimentam considerável fatia do setor informal: um exemplo são as populares sacoleiras, que vendem de porta em porta os artigos adquiridos nas grandes praças de comércio popular do país.
Ao mesmo tempo, marcas importantes construíram sólidos canais de revenda e hoje são referência para quem busca entrar no negócio da representação. A DeMillus é um dos nomes que vêm logo à cabeça, com seu catálogo de produtos de moda íntima.
A questão é que, diferente da venda por catálogo, revender roupas e calçados a pronta-entrega exige um investimento inicial razoável. Afinal, é necessário contar com peças de diferentes tamanhos e modelos.
Já os acessórios de beleza — outro representante do segmento, cuja categoria “semijoias” tem na Linda Bela um protagonista de peso —, embora atue no formato de pronta-entrega, demanda logística muito mais simples, pois sofre pouca influência do tamanho do manequim da pessoa. Além disso, é um modelo de revenda de ampla aceitação: qual mulher não ama acessório?
2.3 Casa & Decoração
O setor de casa & decoração é um segmento em alta, embora passível de certas limitações (estoque, mostruário, transporte etc.). Mesmo assim, é possível fazer um meio de campo com fornecedores que estão na ponta da produção e não possuem canais de venda para atuar como representante desse pessoal.
Entre esses fornecedores, podemos citar designers de peças exclusivas e artistas que querem dar saída às obras que desenvolvem (artesanato, obras de arte, peças decorativas etc.).
2.4 Eletroeletrônicos
O mercado de eletroeletrônicos, como smartphones e produtos de informática, é amplamente dominado pelos grandes e-commerces — embora haja espaço para se estabelecer em nichos, como o de acessórios (periféricos ou artigos como capinhas de celular).
A concorrência com produtos não tributados (barraquinhas de camelô, no caso) pode tornar a operação inviável.
2.5 Alimentos e bebidas
Outro setor que se beneficia de operações de revenda, inclusive de venda direta, é o de alimentos e bebidas — especialmente em contextos de crise econômica: cozinhar para fora sempre foi um recurso em momentos de aperto financeiro. Além disso, é um mercado com boa margem de manobra, pois não existe limite do que é possível propor em termos de novidade gastronômica.
Trata-se de um mercado bastante segmentado: tem o pessoal do low carb, a turma vegana, os fãs de comida étnica…. Que tal, por exemplo, assumir a revenda de alimento saudável congelado? Quem não tem tempo de cozinhar e/ou não descuida da forma representa um público-alvo bastante atraente.
Por outro lado, questões sanitárias, de acondicionamento, manipulação e validade do produto são aspectos que jogam contra.
3. Canais de venda
Definida a natureza do produto, é hora de olhar a questão sob ótica diferente. Aqui, analisaremos a revenda em suas diferentes formatações com o objetivo de iluminar as virtudes de cada modelo de revenda. Dessa forma, você terá maior entendimento sobre os outros caminhos à disposição.
Por exemplo, você pode muito bem optar pelo…
3.1 Canal tradicional
Que nada mais é do que a boa e velha loja física, o comércio de porta aberta para o público em alguma avenida ou rua de grande circulação. Na verdade, de saída já pintamos o melhor cenário possível: um bom ponto tende a deixar as coisas mais simples.
Por outro lado, isso significa maior investimento com aluguel, para citar uma entre outras despesas que o comércio formal exige. É uma aposta, que depende de planejamento mais cuidadoso, capital de giro, aquisição de um estoque de produtos maior e, eventualmente, gasto com pessoal.
3.2 Canal online
A venda de produtos via loja virtual tem crescido consideravelmente nos últimos anos. O comportamento atual do consumidor indica uma tendência a pesquisar produtos na web antes de executar o movimento de compra, o que, com a possibilidade de entrega via correios, acaba sendo feito no site que dispuser da melhor oferta.
Trata-se de um formato em franca expansão e com menor aporte de dinheiro do que o canal tradicional. Porém, ele sofre a concorrência dos grandes varejistas virtuais. Nesse caso, vale o lema: se não pode vencê-los, una-se a eles.
Ou seja, procure validar seus produtos em marketplaces como o Mercado Livre, entre outros representantes do setor. Após emplacar sua operação em uma vitrine dessas, aí sim você consegue partir para a efetivação de seu canal online com maior tranquilidade.
3.3 Venda direta
Basicamente, significa que você carregará a sua loja na bolsa (veja aqui mais informações sobre essa modalidade).
Exige, como as outras, planejamento e dedicação, mas convenhamos que é muito mais simples agir como uma vendedora itinerante, realizando seus negócios conforme a sua disponibilidade de tempo, do que manter-se de plantão das 8h às 18h.
O investimento inicial é infinitamente mais baixo do que as opções anteriores, e é possível aplicar algumas estratégias da venda virtual para turbinar o seu negócio, como a criação de anúncios nas redes sociais e de um canal de relacionamento via WhatsApp.
E o mais importante: o risco de “quebrar” é pequeno. Nada de burocracia para abrir ou fechar empresa, nada de torrar estoque, rescindir contratos de trabalho ou cancelar o de aluguel, caso as coisas não saiam como esperado.
O sucesso, por outro lado, só depende de você.
Portanto, você tem subsídios de sobra para decidir os produtos para revenda que melhor se encaixam nos seus planos e também alguns argumentos extras para confirmar a sua aposta na venda direta — caso você ainda tivesse dúvidas sobre qual o canal ideal para ancorar o seu projeto comercial. Agora, é colocar o plano em prática. A gente te dá a maior força!
Aliás, vale dizer que não se trata de apoio moral. A gente vai além mesmo: queremos que você ampare seu projeto em nossa expertise e se torne uma revendedora da Linda Bela. Conheça nossas condições e garanta um lugar na nossa equipe. Produtos com procedência, excelente aceitação no mercado, boa margem de lucro e relacionamento são algumas das vantagens que temos a oferecer. Não perca tempo e converse logo com a gente. Temos certeza de que chegaremos a um ótimo acordo!