Fascinante, desejado e sempre na moda, o anel solitário é um acessório carregado de simbolismo. Representa o amor, a perenidade de uma relação afetiva, o cumprimento de uma etapa importante na vida da gente.
É tradição, um gesto de carinho ou simplesmente a melhor maneira de embelezar um look de ocasião. Ele é tudo isso. Mas você sabe de onde veio o significado do anel solitário?
Sim, o anel de uma pedra só tem uma bela história para contar. Quer saber qual é? Fácil: é só seguir lendo este post.
Um anel da realeza
Diferente de outros acessórios de beleza famosos cuja origem se perde no tempo, o anel solitário conta com uma data de nascimento bem conhecida: 1477.
Sua criação é atribuída a Maximiliano I de Habsburgo, arquiduque da Áustria e imperador do Sacro Império Romano-Germânico — ou, mais precisamente, ao ourives imperial que recebeu a incumbência de elaborar um anel de aro simples, completamente liso, e sobre ele cravar o maior e mais puro diamante que tivesse.
Maximiliano estava disposto a impressionar sua futura esposa, a jovem e decidida Maria, duquesa da Borgonha, filha de Carlos, o Temerário, e de Isabel de Bourbon.
Inteirado de uma história que corria desde a antiguidade clássica, sobre a existência de uma veia que vai do dedo anular esquerdo ao coração — por isso chamada de “vena amoris”, ou veia do amor —, o imperador pediu que sua futura consorte usasse o presente naquele dedo, inaugurando uma tradição que persiste até hoje.
Vale lembrar que os antigos gregos já tinham o costume de usar um anel imantado no anular esquerdo. Porém, Maximiliano deu o sentido que o gesto tem hoje, além de estabelecer o solitário como o autêntico anel de noivado.
O significado do anel solitário
Como se vê, o romântico governante austríaco invocou a crença na vena amoris para simbolizar seu desejo de que a união fosse eterna e plena de amor. No seu caso, infelizmente, foi uma eternidade curta: Maria morreria cinco anos depois, vítima de um acidente enquanto praticava seu hobby favorito — a caça.
Todavia, a lenda persistiu e hoje faz parte do imaginário popular — alimentada por Hollywood — a cena do jovem que se ajoelha diante da amada e cerimoniosamente oferece a ela um solitário, junto com o clássico “quer casar comigo?” — e quem não adora finais felizes?
Daí temos que o solitário ficou associado ao matrimônio, sendo usado primeiro como anel de noivado (e, portanto, no anelar da mão direita) e depois, com a confirmação dos votos, como anel de casamento (migrando, assim, para a mão esquerda).
Claro que uma joia tão bela não poderia ficar condicionada a um único uso. Com o tempo, ela passou a marcar outro importante rito de passagem: o de adeus à infância. Assim, jovens debutantes começaram a trocar seus ursinhos de pelúcia por um anel solitário em elaborados bailes de 15 anos. Depois vieram as formaturas, e assim seguiu.
E, antes que se esqueça, não há nenhuma comprovação científica de que exista, de fato, uma veia do amor. Mas isso não vem ao caso, não é mesmo?
O solitário na moda
Em razão de seus usos tradicionais, o solitário ganhou uma conotação de que não se deve comprar o anel para si próprio. É preciso ganhá-lo.
Ou seja, o solitário era algo que se almejava receber. Muitas vezes, em virtude de seu valor (lembre-se, a pedra usada era um diamante, lapidado na forma de brilhante), o anel figurava como joia de família, uma herança que ia passando de uma geração a outra sempre que houvesse ocasião adequada.
Então, entrou em cena a moda e o solitário se libertou das convenções, ganhou usos menos cerimoniosos e se tornou um acessório popular. Já não era necessário esperar um “casa comigo?” para enfeitar o dedo com o anel de uma única pedra nem levar em conta a imaginação de um imperador e sua crença na vena amoris.
Portanto, ficou tudo liberado. O tradicional anel de compromisso já não carece de noivas, apenas de uma ocasião especial para sair da gaveta de joias e compor looks sofisticados, acrescentando um brilho atemporal ao figurino de noite.
Ou nem isso: seu solitário pode ser um acessório de todas as horas, com um significado particular e um uso muito próprio — como um aparador de aliança, por exemplo. Ou pode ser apenas o seu anel de noivado. Tanto faz.
Do diamante à zircônia
A popularização do anel solitário não se deve apenas aos novos usos que a moda inaugurou. Ainda que não houvesse mais a necessidade de esperar o casamento para usar um, o fato de ser uma joia limitava um pouco as possibilidades.
Afinal de contas, um diamante não é o que se pode chamar de uma pechincha.
A primeira coisa que a indústria fashion fez em favor da universalização do solitário foi possibilitar o uso de outras gemas, como safiras, rubis, esmeraldas e turmalinas.
A concessão permitiu que o acessório ganhasse um colorido diferente do habitual brilhante, o que deixou o “anel do amor” ainda mais versátil. Além disso, a arte joalheira passou a moldar o aro metálico (tradicionalmente feito de ouro ou platina) de forma a transformar cada qual numa peça ainda mais exclusiva.
Tudo isso, porém, não seria suficiente para deixar o solitário ao alcance de todas. O que tornou isso possível foi a zircônia cúbica.
Na década de 1970, cientistas conseguiram criar um similar sintético do diamante a partir do óxido de zircônio. A pedra artificial era quase tão dura quanto o mineral raro e tão brilhante quanto. Além disso, era livre de imperfeições, custava infinitamente menos e podia ser pigmentada com cores variadas.
A descoberta caiu como uma luva no mercado de semijoias: com a zircônia cúbica, era possível criar anéis solitários folheados a ouro ou ródio com um padrão de qualidade muito acima da média das bijuterias e quase tão bons quanto as mais finas joias. E o melhor: por um preço muito mais camarada.
Joia ou semijoia?
Obviamente que, se você tiver uma na família prontinha para cair no seu colo ou acha que a ocasião merece o investimento, a joia deve ser considerada.
No entanto, se o objetivo é aproveitar todas as possibilidades que o anel solitário permite, inclusive adquirindo diferentes exemplares para compor os figurinos mais elaborados, o melhor é contar com as benesses de uma boa semijoia.
Nada como dispor de um anel para usar numa circunstância muito especial e ainda ter outros para desfilar em momentos mais triviais ou ocasiões diversas. Com joias — a menos que você possua muita bala na agulha — isso não é possível. Então, ponto para as semijoias!
E, agora que você conhece o significado do anel solitário, pode usá-lo com ainda mais orgulho e liberdade. O que vale é a beleza do acessório e a relação que você tem com ele: como um anel de compromisso ou somente como um companheiro para as melhores horas.
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