Anéis baratos e de qualidade: isso é possível?

Anéis baratos e de qualidade: isso é possível?

“Bom e barato”. Na cabeça de muita gente, essa expressão costuma descrever uma relação de opostos. Portanto, é inconciliável. Se é barato, não pode ser bom; se for bom, decididamente não foi barato. O suposto silogismo, porém, não se traduz em lógica. Existe, sim, qualidade no preço razoável. Ou, para deixar a possibilidade mais palatável: custo e benefício.

Essa verdade também habita o mundo dos acessórios de beleza — embora a gente tenha mais de uma vez alertado para o perigo do barato que sai caro. Normal: afinal, essa também é uma expressão de sabedoria popular que não se pode descuidar.

De qualquer maneira, o que queremos dizer é que existem anéis baratos e de qualidade. Não é mito, não. Mas é preciso estar atenta a alguns sinais para não cair em roubada. Abaixo, traçamos o caminho das pedras. Leia com atenção e nunca mais compre gato por lebre.

Substitua as bijus pelas semijoias

“A virtude está no meio”. Torcendo um pouquinho a lógica aristotélica para nosso universo particular, podemos inferir que a virtude está nas semijoias. Afinal, ela é o meio-termo entre as joias, com toda a qualidade e preço nas alturas que significam, e as bijuterias, com o preço e qualidade ambos baixinhos.

Crueldade com as simpáticas bijus? Ainda que a gente ame essas coisinhas e as encontre com facilidade nos mercados populares, uma verdade é irrefutável: a grande maioria das bijuterias em oferta tem procedência duvidosa. Quase tudo o que é vendido nesses mercadões desembarca em contêineres provenientes da China — e não representam o melhor da indústria daquele país — que produz, claro, coisas muito boas.

Já comentamos sobre as diferenças entre joias, semijoias e bijuterias. Então, para não chover no molhado, podemos resumir da seguinte forma: as joias são produzidas com metal precioso de forma maciça. Ouro, prata, platina são algumas das suas matérias-primas. Custam quanto pesam, portanto.

Também acabamos de radiografar as bijus. Devemos fazer justiça e dizer que algumas podem ter melhor acabamento, mas a regra é: custam superbarato porque utilizam matéria-prima de baixa qualidade. E podem causar problemas (falaremos sobre isso um pouco mais para frente).

Quanto às semijoias, você que frequenta este blog já sabe: são feitas com uma boa dose de metal precioso. Não são maciças, mas é quase como se fossem. O cuidado com o acabamento e a matéria-prima banca a qualidade do produto. Além disso, possuem certificação e garantia — o que dá muita segurança a quem compra e também a quem revende.

Fique atenta à camada do banho

Outro indicativo importante para quem procura anéis baratos é ficar de olho na camada de metal precioso que a peça recebeu. A folheação ou banho de ouro.

É importante informar que mesmo uma bijuteria recebe um banho de metal precioso (seja ouro, prata, ródio, enfim…). A diferença é que, em uma peça assim, a camada aplicada sobre o latão, que faz a base do acessório, é mínima. Uma coisinha de nada, chamada “banho flash”. Em pouco tempo, sumirá.

A joia, por sua vez, é uma peça maciça. Não é ouro puro, porque ouro assim é supermaleável. Você a amassaria com facilidade. Por isso, ele é misturado com outro metal de pedigree para formar uma liga resistente ao atrito. Mas é considerado ouro e ninguém discute. E temos ainda a prata pura e outras joias de alto valor comercial.

Já a semijoia só poderá ser considerada de boa qualidade se tiver uma determinada quantidade de metal nobre em sua composição. Ou seja, depende da espessura do banho de ouro, calculada em milésimos. Entre 5 e 7 milésimos temos um produto com boa qualidade (e durabilidade, que é o que o banho garante). De 8 a 10, a cobertura é excelente — e é a quantidade recomendada para folhear um anel, que está bastante sujeito ao atrito.

Assim, se você encontrar uma semijoia com essa quantidade de ouro e tiver um precinho camarada, encontrou o que procurava.

Fuja do níquel

Não é só porque são ordinárias (pronto, falamos!) que as bijuterias devem ser descartadas. A maioria delas carrega um inimigo da saúde em seu interior: o níquel.

O níquel não é, em si, um problema. Até na água que bebemos ele está presente. Metal barato e resistente, também é usado largamente pela indústria, forjando a matéria-prima de um sem número de objetos e utilidades. A questão é que, em quantidades acima do indicado, ele causa reações alérgicas. Algumas até severas.

Portanto, se você adquiriu um par de brincos e o danado te deu uma bela de uma urticária, pode apostar: a culpa é do níquel. Nas bijus e em algumas semijoias, ele é usado como camada do meio, entre o latão e o banho de ouro que a gente mencionou agorinha há pouco. Como é resistente e muito fácil de formar liga, acaba sendo muito utilizado pela indústria de acessórios, a despeito dos riscos.

Atualmente, as melhores fabricantes de semijoias (como é o caso da Linda Bela) deixaram de utilizar níquel na fabricação de suas peças, elegendo o paládio, que é um metal nobre, como camada intermediária. Isso aumenta o custo? Sim, aumenta. Mesmo assim, ainda é fácil encontrar anéis baratos com esse tipo de composição. Para diferenciá-los dos outros, que ainda têm níquel embutido, é utilizada a certificação “níquel free”.

Então, para fechar a conta, se a semijoia tiver um banho de ouro superior e não apresentar níquel na composição e, ainda assim, tiver um preço camarada, não perca nem um segundo!

Dica extra: vá de zircônia!

Nem só de ouro (ou prata) vivem os anéis baratos. Eles precisam também de uma pedra bonita para brilhar. E é aí que entra a zircônia, um substituto sintético do diamante que não deve nada para a gema preciosa (é até mais brilhante).

Essa pedra pode ser encontrada em várias cores e fica linda em alianças e anéis. Como nem todas nós podemos nos dar ao luxo de ter um solitário legítimo guardado na gaveta da cômoda, por que não matar a vontade adquirindo uma versão de boa qualidade ornada por uma vistosa zircônia? Ninguém vai notar a diferença.

Assim sendo, anéis baratos existem. É preciso ir ao lugar certo para encontrá-los. A sorte é que esse lugar está mais perto do que você imagina. É logo ali, na seção de anéis da loja virtual da Linda Bela. Um mais lindo do que o outro, com o banho certo, nenhum níquel e uma ou outra zircônia para coroar. O preço? Bom e barato, pode apostar!